Houve um tempo em que eu não achava que podia querer mais. Não porque eu não me achava capaz, mas porque, por muito tempo, aquilo foi tudo o que eu tinha.


Quando precisei de um estágio, ganhar 800 reais por mês não era pouco. Era a diferença entre conseguir pagar as contas ou não. Entre seguir estudando ou ter que parar. Entre sonhar com um futuro ou só tentar sobreviver ao presente. E quando os primeiros repasses dos planos de saúde começaram a cair, eu sabia que era injusto.


Mas, ao mesmo tempo, era o que segurava a minha rotina, o que garantia que eu pudesse continuar. O que, naquele momento, parecia ser o suficiente. Então, como é que eu ia olhar pra isso e dizer “não quero mais”?


Não era sobre capacidade. Era sobre culpa. Sobre sentir que, se um dia aquilo foi o que me sustentou, então deveria continuar sendo. Como se pedir mais fosse cuspir no prato que me alimentou quando eu mais precisei.


Mas o tempo passou. Minha experiência cresceu. Minhas habilidades se refinaram. Meu trabalho se tornou incontestável. E, ainda assim, eu continuava aceitando as mesmas condições de quando comecei.


Eu não tinha percebido que aquela fase tinha cumprido seu papel, mas eu já não pertencia mais a ela. E um dia, quase sem querer, a pergunta veio: “Por que eu aceito tão pouco quando sei que posso mais?”


Foi nesse instante que eu entendi: ser grata pelo que me sustentou não significa que eu preciso me limitar a isso para sempre. E foi aí que a rota mudou.


📌 Às vezes, o mais difícil não é seguir em frente. É perceber que já passou da hora.


Psicóloga Ana Júlia Arantes
CRP 09/19131


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