Amor próprio é uma daquelas palavras que todo mundo conhece, mas poucos falam sobre o quão desafiador é, de fato, construí-lo. Às vezes, somos levados a acreditar que deveria ser algo simples, quase automático, mas, na realidade, é um processo complexo, repleto de voltas e desvios, onde o caminho raramente é linear.


Dentro da Gestalt-terapia, o amor-próprio se torna ainda mais profundo: é a capacidade de aceitar e valorizar a si mesmo, reconhecendo suas necessidades, desejos e sentimentos e é esse olhar cuidadoso para dentro que nos permite o que chamamos de auto-suporte, onde encontramos em nós mesmos a força para seguir adiante.Porém, como somos seres relacionais, esse processo de autorregulação só se completa de maneira saudável com o heterosuporte, o apoio externo que recebemos das pessoas ao nosso redor, sejam amigos, família ou terapeutas, algo essencial principalmente em momentos de crise ou necessidade.


Na terapia, amor-próprio vai muito além de frases prontas ou gestos superficiais, é um exercício de coragem: envolve encarar nossas dores mais profundas, acolher as imperfeições e aprender a nos tratar com a mesma gentileza que, muitas vezes, oferecemos ao outro, e é nesse processo que com o suporte necessário, começamos a integrar o que vivemos, nos sintonizando cada vez mais com nossas necessidades e sendo capazes de nos autorregular de forma mais consciente.


Se você já deu aquele pequeno passo, mesmo hesitante, em direção ao seu amor próprio, saiba que ele importa, afinal, cada avanço conta, por menor que pareça. Que tal começar hoje a se olhar com mais carinho, respeitando seu tempo, suas necessidades e reconhecendo que, sim, o apoio externo também tem o seu valor?


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