Você já se pegou questionando se é realmente amado(a) ou apenas tolerado(a) em seus relacionamentos? Essa dúvida pode ser profundamente dolorosa e, muitas vezes, está enraizada em esquemas formados na infância. Um dos esquemas mais impactantes nesse contexto é o esquema de abandono, que pode distorcer nossa percepção do amor e nos fazer sentir inseguros e desvalorizados.
O esquema de abandono se desenvolve quando, na infância, experimentamos a ausência emocional ou física de figuras importantes, como pais ou cuidadores. Essa experiência pode criar uma crença persistente de que as pessoas que amamos irão nos deixar ou não estarão presentes quando mais precisamos. Em relacionamentos adultos, esse esquema pode nos fazer interpretar comportamentos neutros ou até mesmo amorosos como sinais de rejeição ou desinteresse.
Quando estamos sob a influência do esquema de abandono, podemos nos tornar hipervigilantes a qualquer sinal de afastamento, real ou imaginário. Pequenas ações, como um atraso em responder uma mensagem ou um momento de distração do parceiro, podem ser percebidas como indícios de que não somos realmente amados, mas apenas tolerados. Essa distorção pode levar a comportamentos de busca constante por reafirmação, criando um ciclo de ansiedade e insegurança que afeta a qualidade do relacionamento.
Reconhecer a presença do esquema de abandono é um passo crucial para transformar essa dinâmica. Ao entender que essas percepções são influenciadas por experiências passadas, podemos começar a questionar nossas interpretações automáticas e buscar uma comunicação mais aberta e honesta com nossos parceiros.
Nesse contexto, a terapia do esquema pode ser uma ferramenta poderosa nesse processo, ajudando-nos a desenvolver uma visão mais equilibrada e realista do amor e a construir relacionamentos mais seguros e satisfatórios.
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