¿Qué estereotipos reconoces en las películas que ves? - Por Beatriz Valente en la web: Imagínate conmigo: es domingo y no quieres hacer nada más que descansar. Estás buscando una película, mírala y decídete por una película de acción. ¿Cuál? No sé, alguna que haya aparecido o que ya tuvieras en la lista de intereses. Pero en menos de quince minutos ya quieres darte por vencido con la película, no solo porque ya puedes adivinar la mitad de su argumento, sino también porque mantiene ideales demasiado cerrados para ser mínimamente realista. A veces ni siquiera te das cuenta, pero las películas de acción de Hollywood se sustentan en innumerables estereotipos: el protagonista masculino suele ser un héroe no tan inesperado. Es grande, fuerte y tiene mucha habilidad física. Al principio son solitarios, siempre con un trasfondo que le hace castigarse a sí mismo. A lo largo de la película, resuelve sus problemas haciendo estallar cosas y matando gente, sin superar el pasado. Las mujeres rara vez son protagonistas y cuando lo son, son sexualizadas o usan la sensualidad como arma, como en la franquicia 007, Tomb Rider (2001) y Salt (2010). Harlequina, de Esquadrão Suicida (2016), también traduce bien este estereotipo. Solo salió de esa mirada machista cuando el personaje fue dirigido por una mujer en Birds of Prey: Harley Quinn and Her Fantabulous Emancipation (2020), cuando también se convirtió en protagonista y estaba rodeada de otras mujeres. Pero al igual que Suicide Squad, varias otras películas de acción tienen a las mujeres como personajes secundarios sin mucha importancia -las franquicias de Transformers y Fast and Furious siempre están reciclando esta idea- o incluso colocándolas como trofeo del héroe -las innumerables películas de Spider-Man y , de nuevo, los Transformers están ahí para demostrarlo.Hay películas con estereotipos que rayan en la xenofobia descarada. Rápidos y Furiosos: Operación Río (2011) no solo acumula los estereotipos mencionados anteriormente, sino que muestra a la ciudad de Río de Janeiro lejos de su verdadero retrato, limitándola a ser solo un paraíso para el narcotráfico y la corrupción. ¿Y cuando las producciones de Hollywood utilizan el filtro amarillo para representar países del tercer mundo? México es uno de los países que casi siempre se muestra de esta manera. Érase una vez en México (2003), Tráfico (2000), Sicario: Día del Soldado (2018) y, más recientemente, Rescate (2020), producida por Netflix. Rescue no solo muestra a Bangladesh con el filtro amarillo, sino que también trae al típico salvador blanco, el concepto del salvador blanco que tanto usan los estadounidenses en sus películas. El protagonista -que ya al comienzo de la película parece estar apartado de la sociedad, siendo tragado por una culpa aún inexplicable- tiene el trabajo de salvar a un niño indio de un traficante de drogas en Dhaka, Bangladesh. Varias producciones basadas en la xenofobia. propagar el prejuicio de las culturas retratadas. ¿Cuántas veces vemos en estas películas de acción que el villano es de un país asiático o del Medio Oriente? La generalización de musulmanes y árabes como terroristas es solo una de las consecuencias de películas como Revenge by Nightfall (2014) y New York Under Siege (1998). Cuando se estrenó Nueva York asediada, el portavoz del Comité Árabe-Estadounidense contra la Discriminación, Hussein Ibish, dijo que la película “es extremadamente ofensiva. Es más que ofensivo. Estamos acostumbrados a los delitos, que se han vuelto rutinarios, pero esta película es realmente peligrosa, ya que refuerza los estereotipos que conducen a los delitos de odio”.
Quais estereótipos você reconhece nos filmes que assiste? - Por Beatriz Valente no site: https://www.jornalismo.ufv.br/cinecom/os-estereotipos-em-filmes-de-acao/
Imagine comigo: é domingo e você não quer fazer nada além de descansar. Você procura um filme passa assistir e se decide por algum de ação. Qual? Não sei, algum que tenha aparecido ou que você já tinha na lista de interesses. Mas em menos de quinze minutos você já quer desistir do filme – não só porque você já pode adivinhar metade do enredo dele, mas também porque ele sustenta ideais fechados demais para serem minimamente realistas. Às vezes você nem percebe, mas os filmes de ação de Hollywood são apoiados em inúmeros estereótipos.O homem protagonista geralmente é um herói não tão inesperado. Ele é grande, forte e tem muita habilidade física. Inicialmente são reclusos, sempre com um antecedente que o faz se punir. Ao longo do filme resolve seus problemas explodindo coisas e matando pessoas, sem superar o passado. As mulheres raramente são protagonistas e quando são, elas sexualizadas ou usam a sensualidade como arma – como na franquia de 007, Tomb Rider (2001) e Salt (2010). A Arlequina, de Esquadrão Suicida (2016), também traduz bem esse estereótipo. Ela só saiu dessa visão sexista quando a personagem foi dirigida por uma mulher em Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa (2020), quando também se tornou protagonista e foi rodeada por outras mulheres. Mas assim como em Esquadrão Suicida, vários outros filmes de ação têm mulheres como personagem secundário sem muito importância – as franquias de Tranformers e Velozes e Furiosos estão sempre reciclando essa ideia – ou até mesmo as colocando como um troféu do herói – os inúmeros filmes do Homem-Aranha e, novamente, de Tranformers estão aí para provar isso.Há filmes com estereótipos que beiram à xenofobia escancarada. Velozes e Furiosos: Operação Rio (2011) não apenas acumula os estereótipos citados acima, como também mostra a cidade do Rio de Janeiro longe do seu retrato real – a limitando apenas um refúgio para o tráfico de drogas e corrupção. E quando as produções de Hollywood utilizam o filtro amarelo para representar países de terceiro mundo? O México é um dos países que quase sempre é mostrado dessa maneira. Era Uma Vez no México (2003), Traffic (2000), Sicário: Dia do Soldado (2018) e, mais recentemente, Resgate (2020), produzido pela Netflix. Resgate não apenas mostra Bangladesh com o filtro amarelo, como traz o típico white savior, o conceito do salvador branco que os americanos tanto utilizam em seus filmes. O protagonista – que já no início do filme se mostra afastado da sociedade, sendo engolido por uma culpa ainda não explicada – tem o trabalho de salvar um garoto indiano de um traficante de drogas em Dhaka, Bangladesh.Várias produções que se apoiam na xenofobia propagam o preconceito das culturas retratadas. Quantas vezes não vemos nesses filmes de ação o vilão sendo de um país asiático ou do Oriente Médio? Muçulmanos e árabes sendo generalizados como terroristas é apenas uma das consequências de filmes como Vingança ao Anoitecer (2014) e Nova York Sitiada (1998). Quando Nova York Sitiada foi lançada, o porta-voz da American-Arab Anti-Discrimination Committee (“Comitê Antidiscriminação Árabe-Americano”, em tradução livre), Hussein Ibish disse que o filme “é extremamente ofensivo. É mais que ofensivo. Estamos acostumados a ofensas, que se tornaram rotina, mas este filme é realmente perigoso pois reforça estereótipos que levam a crimes de ódio.”