Todo mês de abril, muitas cidades se vestem de azul.
Falam em empatia. Em inclusão.
Organizam eventos, promovem ações, mobilizam campanhas.


Mas tem coisa que o azul não mostra.
E uma delas é o quanto a própria estrutura desses eventos, muitas vezes, já exclui quem deveria se sentir acolhido ali.


Barulho, calor, multidão, estímulos em excesso…
Tudo isso num espaço pensado para autistas — mas sem a presença ou escuta de autistas.
Como isso pode ser verdadeiramente inclusivo?


Durante muito tempo, eu me perguntei se o problema era comigo.
Se era frescura. Se era falta de esforço.
Hoje, eu entendo que não é.


E mais do que isso: percebo o quanto a estética da inclusão às vezes fala mais alto do que a prática dela.
A gente precisa ter coragem de rever.
De repensar o que estamos chamando de acessível.
De entender que boas intenções não compensam a ausência de escuta real.


Hoje, nos meus stories do Instagram (@psia.na), eu compartilhei um pouco sobre como esse tipo de evento me atravessa — não só como autista, mas como psicóloga e profissional da área.
Se quiser continuar essa conversa comigo por lá, fica o convite.


Nem tudo precisa ser sobre acusar.
Mas algumas coisas precisam, sim, ser questionadas.


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